Hoje enquanto caminhava entre corredores de um Hospital acompanhada pelo poder da habituação aquele espaço olhei para ti....
Tu estavas sentada numa cadeira de rodas, não aguentavas o peso da tua cabeça nem a dor da imobilidade do teu lado direito.
Querias viver melhor, querias morrer, lutavas por um estado de ser melhor que o actual.
O teu filho olhava para todos com um olhar assustado: " a minha mãe tem um tumor e ficou assim de um momento para o outro, não consegue estar sentada, mas só consegui arranjar esta cadeira para ela"
Arranjámos-lhe uma maca, o novelo daquele corpo desenrolou-se no leito duro e frio.
Agora tudo depende da autonomia do teu corpo, porque o teu ser só detém a raiva da incapacidade e o doce olhar do amor reconhecido.
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